quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

sobre mim

Eu sempre imaginei que quando tivesse a minha idade teria total controle sobre a minha vida... Mas aí alguém teve uma ideia brilhante e inventou o Netflix, e agora fico calculando o tempo e planejando os meus dias de acordo com a possibilidade de assistir um ou mais episódios. Fico pensando: só tenho que fazer isso, resolver aquilo é aí posso ver alguma coisa!!! O Netflix está afetando até minha vida sexual. Triste né...

Será que isso está acontecendo só comigo?

terça-feira, 22 de novembro de 2016

sobre supermercado - parte 1

Fazer supermercado para mim é uma das coisas mais nonsense que existe nesse mundo...
Você chega no supermercado e pega um carrinho, tira da prateleira produtos que alguém já tinha tirado de uma caixa e colocado lá, aí você chega no caixa, tira os itens do carrinho para registrar, depois coloca os itens numa sacola, põe as sacolas no carrinho novamente, e depois tira do carrinho para colocar no carro, chega em casa, tira as sacolas do carro, tira os produtos da sacola e guarda... Não parece coisa de gente doida? E isso porque eu vou pouco ao supermercado (meu marido entendeu bem cedo que essa tarefa seria dele, graças!)

E vocês, gostam de fazer supermercado?

Bjos,
Lila


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

pensamento do dia


A gente sabe que ficou muito tempo fora de casa quando o seu próprio Wi-Fi te pede senha para conectar.

domingo, 2 de outubro de 2016

sobre trabalho e marido

Sempre que as pessoas ficam sabendo que eu e meu marido trabalhamos na mesma empresa elas logo perguntam se eu acho ruim ou se eu gosto de trabalhar junto com ele. Eu tenho sempre a minha resposta pronta: nós trabalhamos na mesma empresa mas não trabalhamos juntos, não temos que lidar um com o outro o tempo todo e dependendo das agendas, nem nos vemos durante o dia. E é claro que é uma facilidade quando precisamos resolver alguma coisa da nossa vida, marcar férias e economizar a gasolina.

Mas esses dias aconteceu uma coisa que me ajudou a definir, finalmente, para mim, qual é o maior benefício de trabalharmos no mesmo local: a gente consegue entender a pressão e as dificuldades que o outro sofre, as demandas impossíveis a serem atendidas, o temperamento das pessoas com quem trabalhamos. O stress, os longos silêncios, a ansiedade, passam a ter rosto e voz.


E mesmo quando eu não quero ser compreensiva, eu sei o que está deixando o meu marido irritado, frustrado ou preso dentro de casa no final de semana... E isso realmente torna o nosso dia a dia mais fácil!

E para vocês, o que vocês acham de trabalhar no mesmo local que o cônjuge (não consegui achar outra palavra, rsrs)? 

bjos, 
Lila

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

sobre frases no banheiro

Resultado de imagem para porta banheiro masculinoAlguns dias atrás fiquei sabendo que tinha uma frase com o meu nome num banheiro masculino da empresa. Era mais ou menos assim "A tem cara de anjo mas é safada". 

Nos primeiros segundos após a surpresa eu fiquei aliviada de a frase não ter sido tão feia quanto outras que também estavam lá com o nome de outras meninas. Mas aí eu pensei "que absurdo eu ter ficado aliviada"! Uma pessoa (provavelmente um homem - dentro do banheiro masculino) se sente no direito de escrever alguma coisa ofensiva sobre as mulheres que trabalham na mesma empresa que ele e eu ainda fico aliviada...

Depois pensei "ah, isso era de se esperar convivendo nesse ambiente, com o tipo de pessoa, com todo os níveis de educação e cultura" e aí percebi que eu estava errada novamente. 

Esse tipo de comportamento masculino, de quem se sente no direito de falar e fazer qualquer coisa acontece em qualquer lugar, em qualquer ambiente de trabalho, com pessoas de todos os níveis culturais... a diferença é a forma como isso se apresenta. E também a forma como não se apresenta. Meu estômago até revira de imaginar as coisas que passam pela cabeça desses caras e eles não falam simplesmente porque sabem que não é adequado falar, e não porque respeitam as mulheres (pois eu tenho bem claro para mim que respeito pode ser diferente de "comportamento socialmente aceitável"). 

Ao invés de ficar aliviada e tentando achar justificativa para aquilo, eu tinha era que ficar muito p*! E eu fiquei!!! Ok, e aí? O que eu ia fazer com toda a minha raiva???? Falei com meu marido. Ele ficou chateado por mim, mas sei que ele não tem noção de como isso incomoda tão profundamente. É nojento perceber os homens com aquelas caras de desejo e deboche olhando para a gente e lambendo os lábios e virando para olhar o bumbum quando a gente passa... Meu marido me perguntou o que eu queria fazer? Eu queria saber como reagir, ter alguma forma de mostrar que eu não concordo e não aceito esse comportamento. Mas como??? Esses homens ainda acham graça quando encaramos de "cara fechada". To cansada daquele papo de que isso faz parte da cultura latina, de que meninos são ensinados a agir assim desde cedo, que as mulheres no fundo gostam... Eu não!!! E odeio essas desculpas! 

Aí fiquei pensando: mensagens em banheiros, olhadas no refeitório e caras obscenas não são NADA comparado com o que acontece com milhares e milhares de mulheres no país e no mundo o tempo todo. E eu não estou tomando nenhuma atitude, nem para mudar o que está próximo de mim e muito menos para lutar contra as coisas mais graves. Não quero ficar inerte mais, não quero ficar o resto da vida com um moletom amarrado na cintura para ir almoçar. 

Eu quero fazer alguma coisa!!! 

Vocês me ajudam???

Bjos,
Lila


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

sobre tentar escrever

Fiquei alguns meses sem escrever. Não faltaram acontecimentos nem pensamentos. Simplesmente não conseguia parar para organizar todas as idéias que apareciam na minha cabeça no tempo que eu tinha (ou não tinha). 

E só de perceber que estava tendo uma ideia de uma coisa que podia ser legal, já sentia uma enorme ansiedade para terminar logo o trabalho, chegar em casa, ir para o pilates, guardar a roupa limpa, lavar a louça, ler algumas páginas do livro que está no meu criado, rever o check list de algum evento que eu estava ajudando, e finalmente sentar e escrever. Só que esse "sentar e escrever" não acontecia nunca. Nessa hora eu já estava com sono, ou meu marido já estava do meu lado tentando entender o que é que eu precisava escrever que não podia esperar a manhã seguinte. Conclusão: eu ficava ainda mais ansiosa e frustrada.

Essa é a terceira vez que volto a escrever post depois de uma pausa longa. Espero não parar mais... Além de sentir falta de escrever, acho que já disse isso outras vezes, é uma maneira de eu me sentir mais próxima de vocês, minhas amigas, que eu tenho visto menos a cada ano, apesar de ter uma agenda social bem cheia (e ainda assim, não consigo encontrar com algumas de vocês faz tempo)! Meninas, vocês estão sempre no meu coração. Espero que ainda tenham paciência para ler os  posts e continuar me incentivando! 

beijinhos e até o próximo texto ou festa!

domingo, 20 de março de 2016

sobre o dia internacional da mulher - mais ou menos - parte 1

Não fico feliz em comemorar o dia Internacional da Mulher. Não porque não vejo sentido, mas sim porque a própria existência da data já demonstra como a situação da mulher ainda é difícil...

A começar dos estereótipos clichês que separam em categorias opostas homens e mulheres que tem o mesmo comportamento. Isso é tão antigo que dá até preguiça. É aquela velha história: o homem é o garanhão, o conquistador, ele pode; a mulher é a perdida, vergonha da família, a desonrada.

Pensando no mercado de trabalho, estou cansada de ver pesquisas falando que as mulheres ainda ganham menos que os homens e que, apesar do número de mulher no mercado de trabalho ser bem alto, poucas são as mulheres que ocupam posições de destaques, altos cargos, etc. E tem a questão do assédio também, moral, sexual, não importa o tipo. Essas coisas não deveriam acontecer, mas acontecem, e muitas mulheres não conseguem se defender e nem "processar" os autores. 

E o que para mim é o mais grave: o número de mulheres vítimas de violência doméstica é simplesmente assustador. Do namorado levemente controlador ao marido assassino. Alguns homens ainda veem as mulheres como propriedade deles, e se sentem no direito de fazer qualquer coisa.

Podemos não vivenciar essas situações no nosso cotidiano, mas elas estão ai, e podem nos pegar tão de surpresa que só percebemos o que realmente aconteceu depois de algum tempo.

E aí eu fico pensando que temos um longo caminho pela frente. As mulheres já conquistaram muita, muita, muita coisa. Mas ainda falta. Essa data tem que ser um lembrete, um chamado, para continuarmos a lutar pelo que queremos. 

Vocês concordam????