domingo, 20 de março de 2016

sobre o dia internacional da mulher - mais ou menos - parte 1

Não fico feliz em comemorar o dia Internacional da Mulher. Não porque não vejo sentido, mas sim porque a própria existência da data já demonstra como a situação da mulher ainda é difícil...

A começar dos estereótipos clichês que separam em categorias opostas homens e mulheres que tem o mesmo comportamento. Isso é tão antigo que dá até preguiça. É aquela velha história: o homem é o garanhão, o conquistador, ele pode; a mulher é a perdida, vergonha da família, a desonrada.

Pensando no mercado de trabalho, estou cansada de ver pesquisas falando que as mulheres ainda ganham menos que os homens e que, apesar do número de mulher no mercado de trabalho ser bem alto, poucas são as mulheres que ocupam posições de destaques, altos cargos, etc. E tem a questão do assédio também, moral, sexual, não importa o tipo. Essas coisas não deveriam acontecer, mas acontecem, e muitas mulheres não conseguem se defender e nem "processar" os autores. 

E o que para mim é o mais grave: o número de mulheres vítimas de violência doméstica é simplesmente assustador. Do namorado levemente controlador ao marido assassino. Alguns homens ainda veem as mulheres como propriedade deles, e se sentem no direito de fazer qualquer coisa.

Podemos não vivenciar essas situações no nosso cotidiano, mas elas estão ai, e podem nos pegar tão de surpresa que só percebemos o que realmente aconteceu depois de algum tempo.

E aí eu fico pensando que temos um longo caminho pela frente. As mulheres já conquistaram muita, muita, muita coisa. Mas ainda falta. Essa data tem que ser um lembrete, um chamado, para continuarmos a lutar pelo que queremos. 

Vocês concordam????